Um convite à meditação através dos exemplos dados por Jesus nos dias que antecederam sua ascensão aos Planos Espirituais
A Páscoa chega mais uma vez e novamente lembramos que é tempo de renovação. Tempo de transformação.
Chega também em um momento onde nos deparamos com o inimaginável. A tangibilidade da morte, vinda através do invisível, e do incontrolável. É como sempre é, mas negamos em aceitar isso, pois implica em rever nossa vida, vícios e, saber e assumir, quem de fato somos.
A Páscoa atual é a simbologia dos dias de grande provação, que precederam a ascensão de Jesus, Mestre absoluto de nosso universo.
Jesus que foi condenado por assumir ser o filho de Deus, soube durante sua vida se preparar para os momentos que abaixo serão brevemente descritos, nos deixando o testemunho sublime, solitário e pessoal, sobre como toda a face mais sombria da psique humana, ao final, sempre se rende e se transforma na luz plena e límpida de Amor, através da renovação da mente pela consciência dominante de nossa realidade, feita e criada de Amor e Beleza.
Nossa própria existência terrena, reflete em si, os fatos destes dias de provações inomináveis pela qual Jesus se submeteu para uma linda lição nos deixar.
Todos nós, ególatras que somos, conduzimos nossa existência entre condenações feitas compulsivamente e em todo instante. Traímos, em especial a nós mesmos, quando agimos fora do que dita nossos corações, enquanto por falta de amor, não fazemos a transformação, a renovação tão discutida na Páscoa, e em especial agora, quando um ser invisível, nos obriga a repensar o conceito de morte, vida, propósito e medo.
Nosso convite deste trimestre será sobre Amor e Transformação através dos exemplos atemporais do Amor de Jesus nos dias que antecederam sua ressurreição e ascensão plena em corpo e espirito.
A exemplo de humildade de Jesus se iniciou quando ao entrar sob triunfos em Jerusalém, decidiu faze-lo montado em um jumento. Ao assim decidir, Jesus não apenas se põe em profunda posição de igualdade para com aqueles que o observavam e clamavam por ele, mas também não se deixou tocar, nem mesmo emocionalmente, pelos ramos e tecidos aos quais foram colocados ao caminho que Ele passava. Todas as luxurias materiais oferecidas, foram, ao final, recebida apenas pelo jumento que à Jesus carregava, mas a ele, a energia da adoração e da loucura da idolatria não o atingia.
Jesus também nos deixa um exemplo de sinceridade e humanidade quando chorou em Jerusalém. Constatando que chegaria o dia em que estaria cercado de inimigos, abandonado pelos irmãos terrenos e já sabedor de seu destino, chorou não por ele, mas por todos aqueles que ainda não entenderiam, mesmo em meio a tantas oportunidades que, Ele, o Amor materializado, é a única salvação possível aos sofrimentos humanos, pois eles so existem quando criados na mente que desconhece o verdadeiro Amor.
Nosso Mestre maior também no dia que antecederia sua crucificação, celebrou a Páscoa com seus discípulos - que naquele tempo referia-se ao Pessach, que foi a fuga do povo hebreu no Egito guiada por Moises - e lavou os pés de cada um. Esse foi o exemplo da Fraternidade e da Caridade, base absoluta do Amor. Ao final, depois de conduzir Pedro em consciência de amor ao exemplo que estava sendo oferecido, disse: Compreendes o que faço? Dei à vocês um exemplo, para que façam, uns aos outros como eu fiz.
Depois, em outro exemplo dado pela metáfora do Pão e do Vinho, Jesus ensina sobre como devemos nos construir em existência material, em pensamentos e em ações. Ao dizer “este é o meu corpo e meu sangue”, Jesus deixa a mensagem de que sempre, que estivermos reunidos em seu nome, lá ele estará, pois somos uma só carne, e um só sangue, uma só espirito e uma só consciência: Deus.
Jesus, em sua sabedoria infinita, deixa a representação mais poderosa que nós humanos podemos fazer depois da geração de uma outra vida, pois ao nos alimentarmos, temos o poder de transformar o alimento em nós mesmos, assim, por metáfora, Jesus ensina que sempre que pensamos, pedimos, e agimos em Amor, somos Ele, pois somos também, o Amor encarnado.
Ainda nesta ceia, Jesus em outro momento de beleza ímpar diz: Um de vós há de me entregar. Perceba que Jesus não diz trair, pois não há traição onde habita a verdade, e Jesus, em sua sabedoria infinita já disso sabia. Quando revela que seria Judas, que tomado pela dúvida do conflito, ponderava sobre se eles fossem presos, se Jesus os libertariam de alguma forma.
Pois é quando, Jesus em sua misericórdia diz a Judas: O que tiver de fazer, faça rápido.
Judas, tomado por suas ilusões e medos, sai de lá para entregar Jesus por 30 moedas de prata.
Neste ato de Amor e respeito ao outro, Jesus permitiu que Judas fosse o instrumento para o início das lições de Amor que Jesus nos daria, e Judas, to malmente dominado pelo Ego, teve o fim que conhecemos, quando pereceu se entregando aos ilusões da própria mente, no terreno onde comprou com as moedas que ganhou ao entregar Jesus
Em Getsêmani, em meio a um jardim de oliveiras, Jesus nos dá outro exemplo de Amor e Fé quando ora com 3 de seus apóstolos dizendo: Pai, afaste de mim este cálice se possível for, mas que seja feita a sua vontade e não a minha.
Jesus em profunda agonia ao ponto de suar sangue, foi amparado por um anjo e disse em clareza que já estava próximo o momento de sua prisão.
Jesus se referia a Judas, que já estava próximo de onde Jesus estava, levando consigo os guardas que prenderiam Jesus. Para mostrar aos guardas quem era Jesus, Judas disse `a eles que beijaria Jesus, e assim saberiam que ele era.
Ao ver Jesus, Judas diz: Mestre eu vos saúdo, e beija Jesus no rosto.
Neste momento Jesus o indaga dizendo: Meu amigo! É com um beijo que trais o filho de Deus?
Jesus pergunta ao guardas quem eles procuram, e ao ouvir que procuravam Jesus de Nazaré, em exemplo de coragem Jesus diz que é ele, e pede que deixem os outros livres.
Ao mesmo tempo, Pedro reage cortando com a espada a orelha direita de Malcon, um servo do sacerdote que esta com os guardas. Este é o momento em que Jesus nos dá um exemplo de bondade e lucidez dizendo: Quem com ferro mata, com ferro será morto.
Ele também em consciência de amor e misericórdia, toca a orelha de Malcon e a cura. Jesus também diz ao homens que o vieram prender: Hoje me buscam com espadas e armas como se eu fosse um ladrão. Estive o tempo todo, todos os dias em meio de vós e não me prenderam. Façam o que devem fazer, pois essa é vossa hora, hora das forças das trevas. Tudo isso acontece para que se cumpra o que deve acontecer.
Sem nenhuma prova, até aquele momento, que fosse valida para condenar Jesus, Sinédrio condena Jesus por blasfêmia, quando ele confirma ser sim, Jesus de Nazaré, filho do Deus altíssimo. Aqui Jesus nos ensina o exemplo da retidão. Da honestidade. Jesus então é condenado a morte por crucificação.
Pedro que havia acompanhado Jesus a distancia, desde sua prisão, foi reconhecido como discípulo e quando perguntado, negou. Fez isso 3 vezes, como Jesus havia dito. Neste instante, ele olhou para Jesus, que já estava olhando para ele com os olhos cheios de amor e consciência. Pedro saiu chorando com o corpo e a mente em profunda amargura.
Após isso, Jesus é humilhado, espancado, ridicularizado, e machucado de todas as formas que o corpo poderia ser.
Ao ser crucificado, entre dois ladroes, Jesus ainda nos ensina mais um exemplo de amor, ao dizer: Pai, perdoai-os, pois não sabem o que fazem.
Depois de todo o sacrifício ao qual enfrentou, Jesus crucificado na cruz diz em voz alta em um exemplo de fé absoluta em Deus: Pai! Em tuas mãos eu entrego meu espirito. Inclina a cabeça e expirou.
Neste momento, a terra toda se treme, montanhas inteiras abrem e o céu de dia, se transforma quase em trevas. Os soldados se olham e dizem: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
Na mesma noite, Jesus é enterrado, envolto a um fino lençol.
Ao nascer do terceiro dia, o céu e a terra se estremecem, e um anjo abre o túmulo de Jesus que era fechado por uma grande pedra. Jesus está lá. Lindo, vivo! Seu rosto brilhava como um Sol, e suas vestes eram branca como as nuvens do céu.
Jesus permanece na Terra por mais 40 dias, aparecendo para muitas pessoas, conversando e ensinando, como sempre vez. Jesus ao ressuscitar dos mortos, volta se materializando através da energia de seu próprio espirito tão puro e poderoso, que se podia tocar, mesmo sendo feito de pura energia de Amor.
Ao chegar no 40º dia, Jesus diz aos seus apóstolos que deveriam ir e levar a palavra de Deus a todos.
Depois disso, Jesus subiu aos céus, rodeados de anjos que disseram: Assim como vocês os veem subir aos céus, um dia também o verão retornar.
Este é um breve resumo dos últimos dias de Jesus. Dias estes que culminaram após os 3 anos aos quais Jesus de dedicou inteiramente a divulgar a palavra de Deus e demonstrar o poder do Amor sobre a matéria.
Jesus nisso também nos dá um lindo exemplo, pois Jesus, até seus 30 anos, dedicou-se a sua preparação exclusivamente em meio a sua família e trabalhando ao lado de seu pai como carpinteiro.
Jesus nos ensina que é dentro de nossas famílias que nos preparamos e ganhamos o jogo da libertação e despertar espiritual.
Devemos no dia de hoje meditar nos exemplos que Jesus nos deixou. Exemplo estes que 21 séculos depois, ainda estão vivos! Exemplos de um ser de luz e iluminação tão profunda, que criou estes planeta.
E sim! Esta foi a segunda vinda de Jesus a este planeta que ele mesmo criou!
Devemos meditar sobre a beleza do amor infinito de nosso Mestre Maior, que de tão poderoso, realizou curas e atos tão esplendorosos, que a ciência, mesmo 21 séculos depois, ainda não consegue decifrar e reproduzir.
Um Ser de grandeza tão única, que demonstrou através de sua própria vida terrena, que nossa existência neste plano é sim algo que fazemos a sós, pois cada um de nós é um Deus, construtor de seu próprio mundo, apto à realizar milagres diários, mas que por não crermos o suficiente, não conseguimos em amor, realizar nossa própria reforma íntima e ver, que experienciar a carne já é, em si, um milagre.
O renascimento celebrado na Páscoa, não se limita ao dia de hoje. Devemos renascer, todos os dia! Todas as horas, a cada segundo, na esperança de sermos melhor a cada novo amanhecer.
Páscoa é a libertação da ilusão da matéria.
Devemos meditar nestas lições de Amor para buscar o despertar de nosso espirito, para que possamos viver em consciência de nossa própria consciência, afim de assim como Buddha sabiamente disse, sermos aptos a criarmos Compaixão, para que ela se transforme em Amizade e daí, nasça o Amor, que finda toda disputa e desespero terrestre.
Que Jesus, Nosso Mestre maior esteja vivo em vossos corações hoje e em todos os dias de sua existência terrena, e que sua Verdade, que é o Amor em sua mais pura forma, seja o guia de seus pensamentos, intenções e ações, hoje e em toda sua eternidade.
Bem-vindo a verdade. Bem-vindo à você.
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